13 novembro 2005
.:Um futuro incerto:.

Eu tentei ligar para o amigo que havia dito assim que cheguei no Terminal Rodoviário do Tiête, mas quem disse que ele estava em casa, me pergunto onde ele estaria, faz um tempo que o encontrei, nos falamos rápido nem deu tempo de saber como estavam as coisas, o que sei é que a vaga de assistente de detetive ainda estava aberta pelo menos para mim, mas isso foi a três meses e já fazem quase três anos que eu fiz o curso com dois anos de duração para detetive, hoje eu teria que passar por mais uns seis meses de reciclagem para poder atuar no ramo, sem contar que existem novas leis as quais eu teria que estudar, mas o que são seis meses, sei que Benites faria como fez enquanto eu ainda fazia o curso e não podia agir legalmente, fui uma informante. Entrava nos locais dos crimes depois ou antes dos policiais chegarem, investigava por fora, colhia informações dos envolvidos pedindo sigilo deles, mas isso foi lá atrás, depois desisti em trabalhar como ajudante de detettive a pedido de meu pai, que foi policial e sabe os perigos que envolvem essa profissão, mas não sei, está no sangue...

Como Benites não atendia o telefone fui diretopara onde ele morava se é que ainda era lá, eu ainda tinha a chave incrivel como eu guardo as coisas, antes de ir morar com as meninas fiquei dois meses morando com ele, que me deu a dica do curso e me arrumou esse bico de informante, foi com ele que trabalhei antes de Analú me arrumar uma vaga na agência bancária onde ela trabalhava, ela morria de medo de algum bandido descobrir onde eu morava e ir lá ameaçar e coisas do tipo, afinal eu trabalhava sem arma nem nada, parecia mais uma reporter investigativa, foram dois anos de curso e depois de terminar desisti da vaga que agora seria de verdade, talvez porque preferisse me manter por fora, sem o compromisso com as coisas e sempre que eu era pega na cena do crime mexendo ou analisando algo, Benites ia e conseguia me soltar sem antecedentes era como uma licitação, algo que agilizava as investigações sem que políciais fossem vistos fazendo investigações sem mandatos e a demora na papelada, para isso existia os informantes eu não era a única, conheci um outro cara de outro distrito trabalhei com ele umas duas vezes em um caso grande que depois foi arquivado por falta de provas, acredito que foi ele quem retirou as provas do local a mando de algum dos grande lá de dentro embora eu não possa provar isso.

O tempo passou eu não havia percebido que já tinha andando os quatro quarteirões que separavam a avenida da rua onde Benites morava, peguei a chave, tentei abrir a porta e nada, a chave não virava, insisti nem tchum... Bati na porta para ver se alguém atendia, vai ver ele teria se mudado durante estes três meses o que acho difícil, ele ama a bagunça daquele muquifu dele. Ninguém atendeu a porta, então fui até a janela, tentei olhar e nenhum movimento.

Percebi uma sombra e ao me virar... Puft, uma pancada na testa me derrubou, a vista escureceu...

- O que houve?
- Me desculpe Dannyzinha, mas alguém com capus preto olhando por minha janela, imaginei ser outra coisa, não alarmei pois se fosse alguém armado com certeza eu seria atingido...
- É assim que me recebe me dá um espelho!
- Você também podia ter me ligado.

Disse isso como se sempre atendesse ou ouvisse os recados.

Eu estva com um corte na testa, droga! O importante é que ele ainda morava lá e pelo pouco que conversamos ele poderia sim me colocar naquela vaga, me pagando um valor x, mas ainda teria que conversar com o superior dele, coisa quase certa já que sou da casa conheço o serviço e os riscos, era tarde e fomos dormir ele me deixou ficar lá até me arrumar. Pelo menos isso, agora as coisas voltam ao trilho espero... Meu pai é que não gostará da idéia de eu trabalhar novamente nesse ramo, mas agora é sem volta, se bem que nada é sem volta...

Blogado por Coisas De Mulher às 11:53