07 novembro 2006
.:Todo carnaval tem seu fim.:.

Sim, todo carnaval tem seu fim como diz a música dos Los Hermanos, eu sumi exatamente há dois meses e oito dias, estava vivendo a vida em sua plenitute. Lembra daquele sinal de recomeço, bem se ele esteve verde, ficou amarelo depois de uns quarenta e cinco dias e agora ficou vermelho de vez. É isso mesmo o que você está pensando, chegou o fim deste carnaval que durou dois meses. Não me arrependo de nenhum segundo, não estou chorando pelos cantos como de uma outra vez, não estava levando o lance muito a sério, mas assim, que eu estava gostando estava mesmo.
Como alguns de vocês leram nos posts anteriores eu reencontrei o Erick, um antigo romance de seis anos atrás que durou um determinado tempo,acho que oito meses, mas que acabou por ele ser muito chato, imaturo e detestar sair em grupo. Enfim o reencontrei numa balada, ela estava mais bonito do que eu me lembrava e depois de sairmos algumas vezes, começamos a ficar e digamos que poderia ser um recomeço. Ele está mais maduro. pelo menos era o que eu estava achando. Tudo ia muito bem, ele me mandando flores nos fins de semana em que não íamos nos ver, conversa vai, conversa vem, e colocamos em dia assim as coisas mais importantes que aconteceram conosco nestes seis anos, ou seja, de minha parte quase nada além dos negócios com o cyber café que eu joguei pelo ralo por conta de minha intemperância. Já ele teve muita coisa.
Começou um relacionamento um ano depois que terminei com ele, quase se casou, se tornou pai de uma menina que está quase com três anos, o relacionamentop não deu certo e depois de tanto termina e volta, rompeu de vez, perdeu o pai, voltou a morar com a mãe que reclamava de sentir-se só depois da perda do marido e para ele não fazia sentido pagar aluguel e morar sozinho se podia voltar pra casa, trancou a faculdade de Administração e agora trabalha numa grande floricultura fazendo entregas, o que explica o porque ele sempre me mandava as mais belas flores. Isso me fez pensar em como minha vida neste seis anos parece ter ficado parada, sem grande mudanças, fiquei surpresa em saber tudo isso assim, principalmente sobre a filha dele, que por sinal é linda, ele me mostrou uma foto dela e da quase esposa dele.
Tudo continuou bem, parece que ter um filho fez ele crescer e amadurecer muito, foi o que ele achou também. Eu que estava gostando da idéia de estarmos juntos de novo, principalmente porque não mudei muito e ele me conhece muito a ponto de saber minha opnião a respeito das coisas fazendo com que confiasse em mim e contasse as coisas sem medo criando assim uma certa cumplicidade.
A dez dias atrás conheci a ex dele e a filha, estávamos saindo da casa dele depois do horário da janta, ela apareceu, chamou ele de lado disse que precisava falar com ele e que era importante. Me cumprimentou, ele meio sem graça fez as apresentações depois se derreteu pro lado da filha, já a mulher parecia impaciente, Erick me pediu para esperar, todos entramos e eu fiquei na cozinha com a mãe dele enquanto ele conversava com ela na sala. A mãe dele é muito simpática e parecia que nunca havíamos ficado sem nos falar, comentou sobre a morte do marido e disse também que estava feliz por eu e Erick termos voltado. Dez minutos depois entaram na cozinha os dois, ele com um papel na mão e uma cara nada boa, ela estava grávida de quase quatro meses.
Pelo que ele havia me dito eles estavam separados ha apenas um mês quando me reencontrou, eu estava com ele a dois, ou seja, ela estava grávida de quase um mês quando eles terminaram. Ela disse que desconfiava, mas não sabia e só confirmou no segundo mês, veio procurá-lo agora porque antes estava muito apavorada com a idéia.
A mãe dele me olhou, mas sinceramente eu não disse nada, achei que não devia dizer, me despedi deles que ficaram sentados na cozinha e nestes dez dias falei com ele apenas duas vezes, na verdade não foi bem uma conversa, eu praticamente fiquei muda. Ele me perguntou se ainda ficaríamos juntos, mas diante do meu silêncio e por me conhecer bem, presumiu que foi o fim e se foi. A mãe dele me ligou duas vezes, disse que sente muito, mas que eu poderia continuar indo lá visitá-la de vez em quando. Eu ainda estou passada com isso tudo. A vida continua e a fila anda... O meu caranaval acabou assim.

Blogado por Coisas De Mulher às 12:18