27 novembro 2005
.:Meu vizinhos:.

Eu sei gente sumi durante essa semana daqui, mas é por força maior. Depois de ter ficado de papo pro ar no domingo sem fazer nada, segunda pela manhã saí cedo havia uma entrevista de emprego pela qual eu passaria no centro da cidade, uma agência boa, a entrevistadora mepareceu meio rígida, mas me senti segura.
Uma vaga de vendedora para a livraria Fnac, salário fixo mais comissão e os benefícios, marcaram o segundo teste para quarta. Saí de lá feliz e esperançosa, passei em algumas lojas para ver enfeites de Natal, estou pensando em tirar a árvore de da caixa e colocá-la na sala, comprei umas bolinhas e luzes, segunda feira é bom para comprar por ser menos cheio.

No caminho de casa estava pensando em quem seriam os meus vizinhos, uma semana lá e só havia visto uma senhora de mais ou menos 60 anos que mora no térreo, apenas isso, não sei nem memom o nome de algum deles, raras vezes os vejo, não paro em casa e quando paro não fico lá embaixo no quintal. Minha curiosidade quase memlevou a ir lá na praça de alimentação ver se encontro o estranho do cinema, me dei conta de que nem mesmo o nome dele eu sabia, se bem que eu também não falei o meu, mas meu pé atrás me ordenou ir para casa.

Eis que subindo as escadas eu escorrego no piso molhado e caio... Rolei dois lances abaixo, bati com a cabeça que começou a sangrar, ao tentar me levantar minha vista escureceu e apaguei ali mesmo... Ouvia vozes bem longe e sentia uns tapinhas em meu rosto, ao abrir os olhos apavorada com a lembraça do tombo, vi em minha frente algumas pessoas, a tal senhora e um homem pediam calma e me ajudavam a levantar, meu braço doía e havia um pano na parte de trás de minha cabeça. Fui levada até ao hospital ainda bem que é próximo, eis a vatagem de se morar perto do centro da cidade. Levei seis pontos na cabeça e coloquei um goteira próximo ao pulso, não chegou a quebrar, mas o médico disse ter trincado.

Conversei com a senhora a tarde toda, o nome dela é Paula e o homem de meia idade 34 anos era seu filho, moram no apartamento abaixo do meu, moro no segundo andar de um mini-condomínio que tem dois prédios de quatro andares.
- Marcos- disse ela- o meu filho chegou pouco depois de sua queda, menina isso é perigoso, meu marido faleceu assim... Ainda bem que nada mais grave aconteceu.
- É mesmo!- disse eu meio sonolenta- Não sei como agradecer...

Ela falou de seu marido Sr. Hugo que caiu da escada e faleceu, não essa, foi em outro apartamento, ele estava c0m 67 anos e que ela e seu filho se mudaram do local por não aguentar a lembrança, dois anos isso. Eu tinha a impressão de estar falando com alguém famíliar, ela se parece com minha avó e é estranho como sua voz me fazia lembrar a época em que no colo dela (minha avó) depois do almoço eu me deitava para dormir. Eu estava em observação só poderia sair na terça-feira, ela ficou comigo até à noite e perguntou se tinha alguém que poderia ficar comigo, eu fiz com a cabeça que não, o filho dela que tinha ido trabalhar voltou lá para apanhá-la e acabou por se oferecer de ficar lá a noite para que se algo acontecesse... Não telefonei para meus pais, não queria preocupá-los.
Saí no dia seguinte, Marcos muito atencioso me levou para casa antes de ir trabalhar, ele não falou muito, sempre calado, ficava observando e cantando baixinho, sempre perguntando se estava tudo bem.

Passei assim a semana tentando fazer tudo com uma mão só e sempre recebendo a visita de dona Paula, que me trouxe quitutes e doces e me convidou alguns dias para ficar com ela que se sente só quando o filho sai, depois da alta liguei para mamãe que tratou de aliviar a notícia para meu pai por causa do coração dele. Me senti de novo no tempo de criança falando com dona Paula, que muito me contou sobre o passado e álbuns de família, não fui para a seleção na quarta, não conseguia escrever, teclar com uma mão só aqui também não deu, meu pulso está melhor, agora só enfaixado, visito-os em breve e volto depois para falar desses meus agradáveis vizinhos...
Ah! Tive que raspar uma parte da cabeça onde foi o corte para levar ponto resultadoum buraco no penteado!! hehehe


Observação: Hoje já é Segunda - feira e eu escrevo Lá No Banheiro

Blogado por Coisas De Mulher às 13:07