04 maio 2006
Se existe uma coisa que eu não entendo é a cabeça de um homem, caso não se lembrem eu trato de refrescar a memória de vocês. Exatamente no dia 14 de abril eu passei por aqui dizendo que estava de namorico de portão desde o dia 07 de abril, ou seja uma semana de namorico, passeios e muita felicidade, meus medos estavam passando, eu já havia pedido transferência de escritório para evitar problemas com comentários maldosos e de certa forma um relaxo no trabalho, geralmente isso acontece, as pessoas confundem as coisas.
Antes disso, lá no início de março, um passeio ao parque e a confidência de minha colega de trabalho me fez descobrir que meu chefe (ex-chefe, calma já chego lá) Dr. Gouveia estava gostando de mim.
Pois bem, eis que o namorico de portão foi ficando sério e as coisas avançaram um pouco, mas não o suficiente para um Towch Down se é que me entendem, vinte dias para minha pessoa ainda é uma fase de amadurecimento das coisas.
Mudei de escritório viajamos neste feriado prolongado que passou, tudo maravilhoso, curtimos muito, praia, sol, lugares novos, jantar romântico e de repente depois de acomodados enquanto esperávamos os pedidos, a frase que ele soltou assim despretenciosamente:
- Eu quero te falar algo, mas não sei como.
Mais do que depressa e muito atenta aos olhos dele, percebi que era coisa séria, respondi de forma automática.
- Pode falar, sou toda ouvidos. - no fundo eu já imaginava mil coisas, o assunto era nós, mas não me parecia ser nem ruim nem bom, cheguei a cogitar um pedido de casamento, desde o início do nosso namorico ele só falava nisso, sobre imaginar nós dois juntos, que o filho dele me amava, que ele estava acostumado comigo, mas enquanto eu pensava nisso e olhava pra ele, saiu a frase que me fez mudar de pensamento.
- Eu não sei como te dizer isso...
Pasmei, mas mantive o olhar.
... não dá mais para continuarmos juntos, esse é nosso último momento juntos.
- O que? Como assim?
- Estamos saindo e você é muito bonita, interessante, mas...
deu merda pensei comigo.
...estou gostando de outra pessoa. Não fique chateada comigo, só estou falando porque percebi que você está se envolvendo e eu não queria te magoar...
- Pára! Pode parar por aí, não precisa dizer mais nada. - falei já com os olhos querendo romper em lágrimas, eu estava mesmo envolvida, ia dizer naquela noite que aceitava um romance oficial e todos os planos que ele estava fazendo para nós.
- Eu sei que fui um asno, - notou isso é?- você é especial e eu não deveria ter sido leviano, vou te confessar, você é atraente e meu interesse era só atração física, me desculpe eu...
Me levantei neste momento, não soube o que dizer, ele estava sendo sincero, mas acredito que não precisava ir a tal ponto, era melhor ter deixado o primeiro motivo apenas e quem sabe até dizer quem era a tal felizarda eu entenderia, mas o que ele disse me fez pensar que ficou comigo quase um mês só por atração, não consegiu o objetivo. E se tivesse conseguido? Terminaria depois de alguns dias?
Não fiz essa pergunta apenas saí sem antes mesmo de o jantar começar.
Fui para o hotel, não tinha como vir do litoral para cá, na verdade eu nem estava pensando direito, ele não veio atrás de mim, jantou primeiro, uma hora depois chegou eu estava sentada no sofá, não chorei ali, foi como uma anestesia, me deixou imóvel.
Viemos embora no mesmo dia, silêncio total de minha parte, ele a cada meia hora pedia desculpas, o que me fez mandar ele se calar. Ontem pedi demissão, não suportaria vê-lo.
Pensei comigo, já vi esse filme antes... Alguém conhece um remédio para tranformar o coração em pedra?
Blogado por Coisas De Mulher às 21:53
Antes disso, lá no início de março, um passeio ao parque e a confidência de minha colega de trabalho me fez descobrir que meu chefe (ex-chefe, calma já chego lá) Dr. Gouveia estava gostando de mim.
Pois bem, eis que o namorico de portão foi ficando sério e as coisas avançaram um pouco, mas não o suficiente para um Towch Down se é que me entendem, vinte dias para minha pessoa ainda é uma fase de amadurecimento das coisas.
Mudei de escritório viajamos neste feriado prolongado que passou, tudo maravilhoso, curtimos muito, praia, sol, lugares novos, jantar romântico e de repente depois de acomodados enquanto esperávamos os pedidos, a frase que ele soltou assim despretenciosamente:
- Eu quero te falar algo, mas não sei como.
Mais do que depressa e muito atenta aos olhos dele, percebi que era coisa séria, respondi de forma automática.
- Pode falar, sou toda ouvidos. - no fundo eu já imaginava mil coisas, o assunto era nós, mas não me parecia ser nem ruim nem bom, cheguei a cogitar um pedido de casamento, desde o início do nosso namorico ele só falava nisso, sobre imaginar nós dois juntos, que o filho dele me amava, que ele estava acostumado comigo, mas enquanto eu pensava nisso e olhava pra ele, saiu a frase que me fez mudar de pensamento.
- Eu não sei como te dizer isso...
Pasmei, mas mantive o olhar.
... não dá mais para continuarmos juntos, esse é nosso último momento juntos.
- O que? Como assim?
- Estamos saindo e você é muito bonita, interessante, mas...
deu merda pensei comigo.
...estou gostando de outra pessoa. Não fique chateada comigo, só estou falando porque percebi que você está se envolvendo e eu não queria te magoar...
- Pára! Pode parar por aí, não precisa dizer mais nada. - falei já com os olhos querendo romper em lágrimas, eu estava mesmo envolvida, ia dizer naquela noite que aceitava um romance oficial e todos os planos que ele estava fazendo para nós.
- Eu sei que fui um asno, - notou isso é?- você é especial e eu não deveria ter sido leviano, vou te confessar, você é atraente e meu interesse era só atração física, me desculpe eu...
Me levantei neste momento, não soube o que dizer, ele estava sendo sincero, mas acredito que não precisava ir a tal ponto, era melhor ter deixado o primeiro motivo apenas e quem sabe até dizer quem era a tal felizarda eu entenderia, mas o que ele disse me fez pensar que ficou comigo quase um mês só por atração, não consegiu o objetivo. E se tivesse conseguido? Terminaria depois de alguns dias?
Não fiz essa pergunta apenas saí sem antes mesmo de o jantar começar.
Fui para o hotel, não tinha como vir do litoral para cá, na verdade eu nem estava pensando direito, ele não veio atrás de mim, jantou primeiro, uma hora depois chegou eu estava sentada no sofá, não chorei ali, foi como uma anestesia, me deixou imóvel.
Viemos embora no mesmo dia, silêncio total de minha parte, ele a cada meia hora pedia desculpas, o que me fez mandar ele se calar. Ontem pedi demissão, não suportaria vê-lo.
Pensei comigo, já vi esse filme antes... Alguém conhece um remédio para tranformar o coração em pedra?