03 janeiro 2006
.:Vida é como receita de bolo.:.

E o ano finalmente começou para mim... Digo isso porque a virada apesar de ter sido divertida foi também péssima, isso porque eu estraguei tudo.
Não fui viajar para a casa dos meus pais em Frutal, isso me deixou triste, eu queria vê-los, mas eles foram curtir a lua de mel comemorando não sei quantos anos de casados.
Então sendo assim aceitei o convite da galera de repetir a dose de festa de Natal, só que desta vez na casa de outro amigo.

A vida é comom uma receita de bolo, tudo tem que estar em quantidade certa, uma porção a mais e o bolo se estraga, e foi exatamente isso que aconteceu com meu bolo de virada de ano, estávamos todos se divertindo (eu só por tabela), na verdade eu estava pouco à vontade, queria ir pra casa, mas tudo o que eu menos precisava era ficar só. Um sentimento de tristeza estava lá no fundo querendo sair e o que eu fiz para evitar isso?
Bebi, bebi muito e eu não posso com bebida gente, sei muito bem o que sou capaz de fazer quando estou alegre, mas não pensei nisso antes.
Lá estava eu imponente, dona do mundo, rindo e falando alto, tudo bem que eu não era a única neste estado, mas não justifica. Eu chateada por não ver meus pais, por ver o Alan na festa com a Flávia de novo, por agora saber que eu estou gostando dele, passou da meia noite e a queima de fogos acabou, o pessoal começou a trocar o presente de amigo secreto e na hora em que chegou a minha vez de chamar meu amigo secreto, comecei a discursar e tal, todo mundo cheio de pressa e eu falando e falando, ria mais que falava, o mico já era grande, o Alan tentando amenizar o mico, foi lá pegar o presenta da minha mão, disse que era melhor eu ir dormir, que eu já tinha bebido demais, a Flávia fez uma cara de poucos amigos para mim.
Eu aproveitando da situação, já que apesar de meio tonta eu tinha noção do que fazia, me pendurei no pescoço do Alan, olhei pra Flávia que fechou a cara de vez, tava lá eu sendo carregada para o quarto em passos meio em falso, tropeçando e ouvindo a ovação da turma que me aloprava. Não satisfeita pouco antes de adentrar a sala e me jogar no colchonete, sussurrei no ouvido do Alan:
- Obrigado por me ajudar.
- De nada, você tava sendo micando, eu só fiz o que achei que devia fazer. Pra isso que servem os amigos.
- É isso que a gente é?
- É, por...
Antes que le terminasse tasquei um beijo nele, ato que fez Flávia gritar de longe, ele me afastou dele dizendo que eu precisava mesmo era dormir, estava chapada, fiquei rindo até dormir, mas ainda ouvia a Flávia histérica falando com ele que tentava expicar que não tinha nada a ver.

No domingo, acordei um pouco antes que todo mundo, eu estava com a maior vergonha do mundo. Aos poucos eles foram acordando, a Flávia nem olhou para minha cara, o Alan se limitou a acenar com a cabeça um bom dia, só me perguntou depois se eu estava bem, eu sem graça disse que estava melhor, ele deu um riso e saiu. Cheguei em casa já no fim da tardee depois disso ainda não saí, sei o grande vexame que causei e ainda estou envergonhada. O Alan já me chamou duas aqui esses dois dias, mas fingi que não tinha ninguém em casa, preciso de tempo para absorver tais absurdos aos quais me submeti por causa do exagero...

Blogado por Coisas De Mulher às 20:04