21 janeiro 2006
.:O retorno.:.

Voltei depois de exatos 12 dias sem computador, não sei ao certo o que houve com ele mas não ligava e aí sem grana para consertar foi ficando, o bom é que eu tava tão entusiasmada com o emprego que nem senti muita falta. Ainda sobre o texto do Benitez, eu realmente o conheci daquele jeito ha mais ou uns dois anos atrás, eu estava no provador na hora da confusão o vestido que eu usava estava sendo costurado por uma das atendentes da loja, a mesma que o havia rasgado com a ponta de um cabide. Pensando em tudo não sei se teria a mesma coragem daquele dia, eu não autorizei as minhas fotos de lingerie de irem nas páginas dos jornais e consegui isso graças a uma liminar na justiça, mas isso é passado vamos aos fatos desses doze dias.

Não foram muitos assim, eu comecei a trabalhar no dia 09 no escritório de advocacia do DR. Afonso Gouveia, não sou advogada Tio Dil, como você pensou, sou apenas secretária, marco e agendo os dias de audiência, arquivo e preparo as papeladas de alguns casos, não é muito empolgante, mas é corrido e a gente vê cada caso em um escritório de advocacia, é um trabalho interessante, das 09:00 ás 17:00 hrs não preciso acordar muito cedo, nem chego muito tarde em casa. No total são dez advogados lá e tem pelo menos cinco secretárias contando comigo, algumas delas já estão cursando Advocacia e provavelmente depois farão parte do Grupo de Advogados de lá, o Dr. Afonso que diz gostar muito do meu trabalho, se ofereceu em conseguir uma bolsa de estudos para mim se eu de repente mudar de idéia sobre o curso de direito, já que disse não gostar dessa área, eu não me daria bem no meio disso, além do que não conseguiria defender alguém que estivesse errado, ele explicou que tem vários ramos, eu poderia se quisesse, ficar no juízo de pequenas causas não precisa ser na área criminal, eu disse que se mudasse de idéia falaria com ele.

O fim de semana passado decidi sair já que fiquei a semana inteira em casa depois do vexame do ano novo, ia do trabalho para casa e só, enfim atendi o Alan que passou a semana inteira tentando falar comigo, eu estava por demais envergonhada, mas afinal teria que encarar as consequências do meu ato, não podia mais fugir, à proposito, eu não era amiga da Flávia como alguns pensaram, se fosse jamais teria feito aquilo. Na sexta feira passada quando cheguei em casa o Alan estava sentado na minha porta eu fiquei roxa na hora que o vi, ele disse que estava me esperando já que sempre me chamava e eu fingia não estar em casa, e que ele achava aquilo muito chato era mais fácil eu dizer que queria um tempo e não ia atendê-lo, depois de ouvir isso me senti tão pequena, o Alan é assim, direto sem meio termo.
- Não vai me convidar para entrar?- disse ele.
Entrou, elogiou a organização deu duas voltas na sala e sentou-se no chão, acho engraçado esse jeito largado dele, peguei suco e antes que eu perguntasse ele já adiantou o assunto.
- Bem, você deve saber porque vim aqui falar com você. Aquilo que aconteceu na noite de Ano Novo, eu entendo que você estava ruim, mas acabou com meu lance com a Flávia.
- Eu não sei o que dizer, eu...
Realmente eu não sabia o que dizer, não conseguia nem pedir desculpas pelo ocorrido.
- Foi o que pensei -disse ele com voz grave- Depois daquela noite a Flávia ficou implicando por tudo, qualquer coisa brigava comigo até que nao deu mais.

Ele foi contando as coisas, as brigas e as conclusões dela, ela passando no serviço dele sempre, pra ver se ele estava mesmo só, ficou paranóica a menina, ele sentia por isso, gostava muito dela.
Perguntou de mim, eu falava do meu trabalho quando a campainha tocou, deixei-o na sala e fui atender a porta, ao abrir, Flávia entrou com tudo, foi até a sala e ao ver o Alan começou a gritar histérica como na festa.
Disse que sabia, que tinha ido na casa dele para conversar e pedir desculpas que ela tinha exagerado, mas que a senhora que tava no corredor disse que ele estava na minha casa.
- Eu sou a maior idiota mesmo, tava lá me remoendo por ter terminado com você e pensando como eu tinha sido ciumenta- gritava ela.
Eu atônita tentei falar e ela me mandou calar a boca, quase esmurrei ela, como me manda calar a boca na minha casa, eu tinha deixado a porta aberta, a Flávia começou a chorar convulsivamente eu tentando manter a calma o Alan foi abraçar ela e levou um tapão, busquei água com açúcar na cozinha e quando voltei o Alan disse que tinha uma pessoa na porta me esperando, deixei os dois lá e fui ver quem era, meu queixo caiu ao ver na porta o Guilherme, meu primeiro pensamento foi:
- Meu Deus eu taquei pedra na Cruz ou fiz pacto com Judas???
- Cheguei em uma hora ruim?- ele perguntou meio constrangido já que da porta dava para ver o que se passava na sala, onde a Flávia mesmo mais calma continuava discutindo com Alan- Se não for um bom momento eu volto depois.
Pedi que entrasse, de certa forma isso faria com que a louca da Flávia parasse de espetáculos, acabei achando providencial a chegada dele, Alan convenceu a Flávia a ir para a casa dele conversarem melhor, ela concordou e saiu meio com vergonha e meio com raiva.
- O que foi aquilo? -perguntou Guilherme.
- Uma longa estória. -eu disse- O que faz aqui?
- Isso também é uma longa estória. A gente pode conversar?
Bem, ele já estava ali e apesar de uma pontinha de mágoa, decidi ouvir o que ele tinha a dizer, mas é uma longa estória e fica para o próximo post, preciso visitar vocês, beijos e até mais...

Blogado por Coisas De Mulher às 13:29