04 fevereiro 2006
.:Recomeço.:.

Muitas vezes me pergunto porque eu faço algumas coisas, para ser sincera, não encontro as respostas da maioria delas.
Sei fiquei muito tempo sem vir aqui atualizar, mas precisava de um tempo para organizar as idéias. O Guilherme que ia ficar uma semana, resolveu ficar quinze dias, o que para mim não foi nem bom, nem ruim.
Saímos para jantar na quarta, na verdade foi mais uma lanche, fomos ao Tchê's Burguer, um local gostoso de se fraquentar com lanches típicos do Sul, baratos e muito saborosos, conversamos e hora ou outra ele tentava tocar no assunto "nós", que eu rebatia com "amigo é pra isso", "nossa amizade é assim", uma hora isso irritou ele que de forma decidida me falou:
- Você está fugindo do assunto, me dando um gelo, ou se fazendo de difícil?
- Não sei do que você está falando!
- Ah tá bom e eu sou o Bozo!
- Não sabia que você era o Bozo, me dá um autógrafo?
Desatei a rir o clima estava ficando pesado, mas ele insistiu.
- Estou falando de nós, nossa situação... Sei que errei queria saber se você me perdoa, se tenho outra chance?
- Prefiro não falar nisso- respondi de maneira gentil, eu sabia que se entrasse no assunto acabaria pro acreditar numa chance de tudo dar certo, mas eu estava com a cabeça cheia. A semana anterior foi difícil ficar fugindo das investidas que ele tentou, houve um momento que tive que ser clara com ele para que parasse com aquilo, no fundo eu sentia mesmo era uma vontade enorme de dizer que tudo bem, que poderíamos tentar de novo, mas eu estava pensando no Alan e no lance dele com a Flávia.

Enquanto eu pensava nisso, entrou no Tchê's o Alan e o nosso amigo Ricardo, entraram acompanhados de Amanda, Alan ao me ver vem até a mesa e cumprimenta, apresentei o Guilherme, que ficou meio sem graça quando convidei-os para sentarem-se conosco, coisa que o Alan gentilmente recusou, ni mínimo achando que ia "atrapalhar algo", insisti mas não teve jeito, foram para outra mesa alguém ficou aliviado com isso e não fui eu, que depois disso, vez e outra olhava para a mesa deles.
- Podemos continuar nossa conversa?
- Se o assunto for aquele Guilherme, prefiro não.
- Porque não? Você não sente mais nada por mim?
O silêncio que fiz, parecia um grande abismo entre eu e ele, abismo esse que não fiz quatão de transpor e se fosse por conta do meu coração, eu haveria pulado de cabeça nele sem se quer pensar, mas sou um pessoa racional demais e minha cabeça dizia para manter distância, já que meus pensamentos estavam na mesa ao lado era melhor nada fazer.
Saímos de lá com uma bolha de ar na garganta de cada um, e com uma questão maior que os nossos pensamentos, o silêncio na verdade era um ruído enorme, ruído que ele tentou abafar com o som do carro, antes de ir embora olhei para Alan que acenou um beijo, que me fez pensar ainda mais em como estariam ele e Flávia, já que depois da confusão do apartamento não consegui falar com ele da maneira que eu queria.

O Guilherme foi embora sexta-feira, eu chorei, não sei porque, mas chorei. Talvez tenha percebido que esta era a última chance de mudar as coisas entre nós, acabar com essa mágoa que ainda sinto ao me lembrar de como ele simplesmente acabou tudo por causa de um Amor do passado, talvez tenha simplesmente notado que isso se tornou um fantasma e atrapalharia para sempre se houvesse uma possível volta, ninguém vive bem com fantasmas do passado e nosso relacionamento era isso agora, passado.
Fora isso, nada mais há que se pensar. O escritório irá mudar de lugar espero que não seja para muito longe, de resto tudo bem, a não ser pela minha curiosidade em saber como estão Alan e Flávia...

Blogado por Coisas De Mulher às 15:27